quinta-feira, 24 de janeiro de 2008
Pérolas de um usuário do Windows
Não me dando por satisfeito, fui procurar para ver se o cara tinha comentado mais alguma coisa quando vejo um comentário indicando o seguinte site: http://jerryleecooper.com/
Por incrível que pareça, agregaram todas as pérolas que esse cara já disse na Internet num blog, e é incrível como alguém pode dizer tanta besteira. Eu morri de rir.
Sinceramente, tem alguém querendo ficar famoso dizendo asneiras na Internet.
quinta-feira, 28 de junho de 2007
Montando partições no fstab
Olá pessoal, vou falar um pouco sobre o arquivo fstab (/etc/fstab). É através desse arquivo que são montadas as partições para que o Gnu/Linux inicie corretamente, pois sem ele não teria como iniciar o sistema. O fstab também serve para montar outras partições com outros sistemas de arquivos, facilitando para você não precisar montar aquela sua partição windows toda vez que ligar o computador, e através dele também são montados os dispositivos(cd-rom, dvd, floppy...). Este documento se baseia no manual do fstab(man fstab) e do manual do mount(man mount).
Então vamos lá.
Abaixo temos um exemplo de um arquivo /etc/fstab:
Device | Moint point | File Sistem | Options |
/dev/hda4 | / | ext3 | defaults 1 1 |
/dev/hda5 | /var | ext3 | defaults 1 2 |
/dev/hda6 | swap | swap | defaults 0 0 |
/dev/hdb | /mnt/cdrom | iso9660 | defaults,noauto,user 0 0 |
/dev/fd0 | /mnt/floppy | auto | defaults, noauto, user 0 0 |
/dev/hda2 | /mnt/win | vfat | noexec,uid=100,gid=100 0 0 |
none | /proc | proc | defaults 0 0 |
O modelo do arquivo fstab é assim:
[dispositivo] [ponto de montagem] [sistema de arquivos] [opções] [opção para o dump] [opção para o fsck]
dispositivo:
Nesse campo é colocado o dispositivo a ser montado ou um sistema de arquivos remoto. Para montagens NFS deve ser colocado (máquina):(dir), exemplo: dark.dark.net:/home/minhapasta. Para procfs, use somente 'proc'. No exemplo acima a primeira linha monta o dispositivo hda4.
ponto de montagem:
Ele identifica em qual pasta será montada a partição, para partições swap esse campo deve ser especificado como 'swap', se o nome do ponto de montagem contiver espaços, estes podem ser representados por '\040'. No nosso exemplo na primeira linha coloquei a pasta raiz do Gnu/linux, já na segunda linha identifiquei como a pasta /var que seria montado no sistema.
sistema de arquivos:
Nesse campo você descreve qual o sistema de arquivo. Atualmente os seguintes tipos de sistemas de arquivos são suportados - consulte /proc/filesystems para saber quais sistemas de arquivos são suportados pelo seu kernel:
adfs, affs, autofs, coda, coherent, cramfs, devpts, efs, ext2, ext3, hfs, hpfs, iso9660, jfs, minix, msdos, ncpfs, nfs, ntfs, proc, qnx4, reiserfs, romfs, smbfs, sysv, tmpfs, udf, ufs, umsdos, vfat, xenix, xfs.
opções:
Segue abaixo explicação de algumas das opções disponíveis no fstab:
noauto: Essa opção faz com que o dispositivo não montado automaticamente durante o boot, é a opção que deve ser usada para disquetes e cd-roms no fstab, pois senão o Gnu/Linux iria tentar monta-los mesmo que não tivessem discos neles.
user: Essa opção é ótima também para discos removíveis, ela permite que qualquer usuário possa montar esse dispositivo.
noexec: Essa opção é muito útil para quando montamos partições windows, pois ele não gerencia os arquivos com permissões como no Gnu/Linux, com isso os arquivos ficam todos como executáveis, se você clicar em cima de um arquivo mp3, usando o konqueror por exemplo, ele vai tentar "executar" o arquivo é claro que sem funcionar, usando essa opção você faz com que isso não ocorra.
uid: Essa opção também é útil quando se monta partições FAT, pois elas não trabalham com permissões de arquivo, assim todas as partições que forem montadas estarão com o dono dos arquivos seja o root. Assim você com um usuário normal não poderia ter total controle desse diretório, com essa opção você pode mudar o dono do arquivo usando o uid dele que pode ser encontrado no arquivo /etc/passwd:
jean:x:144:200::/home/jean:/bin/false
Nesse exemplo o uid do usuário jean seria 144.
gid: Com essa opção você pode mudar o grupo do diretório, na verdade é a mesma função da opção acima, só que faz isso com o grupo.
jean:x:144:200::/home/jean:/bin/false
Nesse exemplo o gid do usuário jean é 200.
umask: serve para indicar quais serão as permissões dos arquivos, já que os sistemas Fat e derivados não tem sistema de permissões. O padrão é a mascára do processo atual. O valor é dado em formato octal. O padrão geralmente é representado por 022, ou seja, bit 'w'(permissão de escrita) apenas para o dono.
Abaixo uma explicação para os valores de umask(fonte www.conectiva.com.br):
A umask funciona retirando permissões, ou seja, a permissão padrão do sistema seria 666, mas com um valor de 022, no caso do superusuário, teríamos 644 (666-022=644), o que significa que quando um arquivo for criado pelo superusuário ele vai ter suas permissões inicias em -rw-r-r--, permitindo escrita e leitura para o dono do arquivo e somente leitura ao grupo ao qual ele pertence e para os demais usuários do sistema. Já no caso dos usuários comuns do sistema, todo arquivo iniciará sua vida com permissões 664 (666-002=664), o que significa leitura e escrita para o dono e para o grupo (no formato absoluto será -rw-rw-r--) e aos outros usuários do sistema permite apenas leitura.
ro: O dispositivo será montado somente para leitura
rw: Monta o sistema de arquivos com permissão de leitura e gravação.
exec: Permite a execução de binários.
suid: Permite o uso dos bits de configuração de identificação do usuário e do grupo.
dev: Interpreta dispositivos especiais de blocos ou caracteres no sistema de arquivos.
defaults: Usa as opções padrão: rw, suid, dev, exec, auto, nouser, e async.
opção para o dump:
Essa opção é usada pelo comando dump para determinar quais sistemas de arquivos precisam ser copiados, caso não tenha sido escrito nada nesse quinto campo o valor dele será considerado zero, e o dump assumirá que esse sistema de arquivos não precisa ser copiado.
opção para o fsck:
Nesse campo você deve colocar a ordem em que os sistemas de arquivos serão verificados durante o boot. A partição raiz ( / ), sempre como 1, e os outros sistemas de arquivos devem ter esse campo a partir de 2 fazendo seqüência de acordo com o número de partições que você quiser montar. Sistemas de arquivos em um mesmo dispositivo, serão verificados seqüencialmente, e sistemas de arquivos em dispositivos diferentes, serão verificados ao mesmo tempo para utilizar o paralelismo disponível com o hardware. Caso esse campo não exista ou esteja com o valor 0 o fsck não irá checar essa partição ao inicializar o Gnu/Linux.
Mais informações sobre essa opções podem ser encontradas com o comando "man mount" ou "man fstab", aqui eu somente coloquei as que julguei mais importantes. Na primeira linha do exemplo você puderam ver que esta com as opções default do sistema, já na linha onde montei o cd-rom utilizei das opções noauto, defaults e user, fazendo com que fique da melhor maneira para trabalhar, é claro que essas opções ficam a seu critério, e suas necessidades.
Vou passar aqui para vocês alguns exemplos usando o comando mount. (Colaboração: Andrei Drusian )
Montando disquete formatado em FAT
# mount -t vfat /dev/fd0 /mnt/floopy
Montando o Cdrom
# mount -t iso9660 /dev/hdX /mnt/cdrom
Montando partição Windows FAT
# mount -t vfat /dev/hdaX /mnt/win
Montando partição Windows NTFS
# mount -t ntfs /dev/hdaX /mnt/win
Montando compartilhamento remoto Windows/SMB
# mount -t smbfs //192.168.0.1/dados /mnt/smb -o username=xxx
Montando compartilhamento remoto NFS
# mount -t nfs 192.168.0.1:/dados /mnt/nfs
Montando uma partição do FreeBSD
# mount -t ufs -o ufstype=44bsd /dev/hdaX /mnt/bsd/
Montando uma partição windows com problemas na exibição de caracteres
Um problema muito comum é quando montamos uma partição FAT, existe o problema com a exibição de caracteres (ç,ã,á,é,í...). Uma maneira de resolver isso é usando as seguintes opções no fstab ou mesmo no mount:
iocharset=iso8859-1
codepage=850
exemplo de linha no fstab:
/dev/hdaX /mnt/win vfat noexec,uid=100,gid=100,iocharset=iso8859-1,codepage=850 0 0
exemplo de mount:
# mount -t vfat -o codepage=850,iocharset=iso8859-1,noexec /dev/hdaX /mnt/win
Esses exemplos foram somente para explicar a função da iocharset e codepage, as outras opções foram somente demonstrativas, ficando ao seu critério quais opções usar nas maneiras de montar o dispositivo.
Ta aí pessoal, um manualzinho bem simplificado e explicadinho sobre o fstab, espero que ajude todos, e tirem quase todas as dúvidas de vocês.
Gostaria de agradecer a Deus pela minha sabedoria, e que sempre me ajude a compartilhar ela com todos os que necessitam.
quinta-feira, 21 de junho de 2007
Usando aplicativos Windows no Linux
Artigo completo: X-Wine - Da instalação à configuração
O Wine é um aplicativo destinado a rodar os aplicativos Windows em sistemas Linux. Ele cria uma espécie de virtualização, onde o programa que está sendo executado “pensa” que está no Windows. Toda aquela estrutura, shell32.dll, kernel32.dll, tudo está no Wine. De fato, muitos programas do Windows funcionam muito bem no Wine.
Ele é uma ótima alternativa para a galera que ainda está começando no Linux, e ainda têm dependência de algum (ou alguns) programa (s) do Windows, ou mesmo profissionais que precisam de programas como o Photoshop ou DreamWeaver. E ele roda muito bem vários destes programas.
O Wine passou 13 anos como Alpha, foram tempos difíceis... Mas hoje, como Beta, as coisas melhoraram bastante. Basta você pegar o pacote referente à sua distro e instalar, ou compilar a partir do código fonte, não precisando mais de escolher o libwine, winetools, entre outras coisas chatas.
Aqui neste tuto ensinarei como instalar o Wine, instalar o X-Wine (que explicarei a seguir o que é) e configurá-lo. Não são procedimentos muito complicados (a não ser se você for compilar), de forma que um usuário iniciante no Linux é capaz de realizar sem problemas
Então, mãos à obra!!!
Essa é a forma mais simples (porém menos otimizada) de instalar o Wine. Basicamente, você pega um pacote pré-compilado para sua distro (Debian, Fedora, SuSE, Ubuntu...) e o instala.
Para conseguir baixar, você precisa ir na página de downloads do Wine: www.winehq.org/download
Selecione a sua distro na página e bom divertimento! O site diz os passos da instalação e realmente é uma mão na roda!
Pra galera que usa o Kurumin: que eu me lembre (faz tempo que eu não rodo ele) existe um ícone mágico que instala o Wine automaticamente, o que facilita bastante pro lado do usuário.
Pra galera que usa Resulinux (minha distro atual): Mais fácil que um ícone mágico é o Wine já “onboard” na distro, por isso no Resulinux o Wine já vem pré-instalado!
Compilando no braço
Caso você queira rodar algum programa mais pesado, um jogo, ou esteja tendo problemas com relação à velocidade de execução de programas através do Wine, você pode tentar usar esta opção. Nela você FAZ o seu Wine, especialmente construído para sua máquina. Não se preocupe, não exige nada de conhecimentos em programação. Na verdade é bem simples, exige poucos comandos.
Primeiro passo: As FLAGS!
Um dos segredos do Gentoo Linux ser tão rápido são justamente as Flags, que são as otimizações específicas para cada processador. Como ele é compilado inteiro, todas as áreas do sistema são otimizadas. Podemos fazer o mesmo com o Wine!!! Para tanto, dê uma lida no tópico Como compilar otimizando – Veja aqui!
Aplique as Flags, como ensina o tópico citado acima. Elas vão fazer a diferença do desempenho geral do Wine.
Agora vamos pra parte boa!
O Wine compila de um jeito diferente da maioria dos programas. Veja:
./configure --enable-opengl --enable-optimize=”coloque as CFLAGS aqui” --enable-optimizations=”coloque as CFLAGS aqui”
make depend
make
su (agora precisa se logar como root)
make install
OBS2: O Wine é um programa um pouco pesado para compilar. Se quiser compilar, é necessária uma máquina razoavelmente potente. Um Pentium 4 de 2GHz, Sempron 2400+ ou Celeron D de 2.53GHz ou equivalentes já dão conta do recado. É um processo demorado, portanto o ideal é deixar compilando enquanto tira uma soneca, ou está no trabalho... Demora cerca de 1 hora (a parte do make).
Para confirmar que está tudo instalado, digite o comando “winecfg” (sem aspas) e dê enter. Se abrir uma janelinha do Wine, significa que o programa foi instalado com sucesso!!! Agora vamos para próxima etapa!
OBS3:Caso você tenha problemas com os compiladores necessários para a tarefa da compilação do Wine, dê uma olhada nesse tópico: Resolvendo dependências de compilação, veja como! Ele dá uma importante dica, porém só funciona se você tiver o apt-get à mão...
Basicamente, o X-Wine aplica diversas bibliotecas, utiliza configurações meio secretas e realmente represanta um ganho perceptível!
As melhoras no desempenho do Wine com o uso do X-Wine são realmente consideráveis. Alguns programas rodam até muito mais rápido que no próprio Windows, tamanha é a gama de otimizações aplicadas nele! Além disso, é adicionada uma camada maior de compatibilidade! Ou seja, com o X-Wine você só ganha!!
Para instalá-lo você só precisa seguir os seguintes passos:
Entre no terminal (Konsole, Xterm ou Yakuake, tanto faz) e digite esses comandos:
mv x-wine_2.0a.tar.gz ~/.wine
cd ~/.wine
tar -zxvf x-wine_2.0a.tar.gz
winecfg
Aba Aplications:
Essa aba agrupa as configurações relacionadas ao sistema emulado, e as exceções. Um exemplo seria um programa que só roda em Win95, e o seu Wine emula o Win2000. Para manter a compatibilidade com o tal programa, você simplesmente adiciona ele na lista, e escolhe lá em baixo “Windows 95”. Assim, o tal programa rodará como se fosse no Win95, e o resto dos programas rodarão normalmente na emulação do Windows 2000.
Aba Libraries:
A aba Libraries cuida da compatibilidade e otimizações relacionadas às DLLs. É nela que o X-Wine mais faz modificações, e também é ela que mais modifica a velocidade e compatibilidade do Wine. Geralmente não mexemos aqui, principalmente se você usa o X-Wine, pois as otimizações e adaptações já foram aplicadas. Apenas em alguns casos, onde é necessária alguma modificação para instalar algum programa específico. Mesmo assim, o X-Wine já previne vários desses problemas de incompatibilidade 8)
Aba Graphics:
Nessa aba você vê as configurações da emulação DirectX pelo Wine.
As opções mais relevantes para você alterar são:
Emulate desktop window: Em alguns casos, alguns programas executados em tela cheia simplesmente descontrolam totalmente a resolução de vídeo. Essa opção permite você emular uma janela onde o programa fica “preso”, sem risco dele bagunçar sua área de trabalho.
Vertex Shader support: (Hardware, emulated, none). Essa opção ativa ou não o processamento de Vertex Shader, além de determinar a forma com que elas são processadas (Hardware ou emulação). Logicamente, se você tem aceleração 3D no Linux, escolha “Hardware”. Se sua placa não suportar (placas SiS, por exemplo), o jeito é escolher “Emulated”, onde o trabalho cai sobre o processador, mas pelo menos você ainda tem suporte a esse recurso (mesmo que bem lentamente). Escolha “None” caso você não queira ativar o suporte.
Allow Pixel Shader: Dependendo da sua placa de vídeo e da velocidade do seu micro (se estiver ativada, fica mais lenta a execução dos jogos), você pode ativar ou desativar essa opção. Ela ativa o processamento de Pixel Shader, um recurso presente na maioria das placas de vídeo atuais, que permite alguns efeitos 3D extras.
Aba Desktop Integration:
Essa aba lhe permite instalar temas do Windows (para tornar mais agradável a interface dos programas), você pode ter mais detalhes aqui. E também escolher quais serão as pastas especiais (Minhas imagens, Minhas músicas, etc.).
Para escolher entre onde fica cada pasta especial, vá na categoria Shell Folder, clique na pasta a qual você quer personalizar o caminho, e clique em Link to:, e clique em Browse para escolher a pasta.
Exemplo: Quero que a pasta “Minhas imagens” no Wine indique a pasta /home/danilo/imagens. Então clico em “Minhas imagens” na categoria Shell Folder, marco “Link to:” e clico em Browse, escolhendo /home/danilo/imagens. Pronto, se um programa usaria a pasta “Minhas imagens” no Windows, agora ele vai usar a pasta que eu especifiquei
Aba Drives:
Esta parte do Wine trata do acesso do Wine às partições do disco, ao CD-ROM/DVD e ao drive de disquete. Com ela configurada corretamente, você acessa esses itens nos programas dentro do Wine transparentemente, como se realmente estivesse no Windows. Geralmente você não precisa especificar os pontos de montagem de nada, o Wine faz o trabalho automaticamente, basta clicar no botão “Autodetect...” e suas partições serão adicionadas!
Na verdade essa autodetecção lê o /etc/fstab, de forma que é realmente bem eficiente, dispensando a intervenção do usuário na maioria das vezes.
Aba Audio:
Essa aba cuida do acesso à placa de som pelos programas rodados no Wine. Aqui você deve escolher o seu driver de som preferido (ALSA, OSS ou Jack) e marcá-lo. Na Parte DirectSound (lá embaixo), você escolhe a taxa de amostragem, Bits per sample, etc. O ideal é você colocar tudo nos maiores valores.
Caso não saia áudio nos programas que rodam pelo Wine, verifique seu sistema de som. Se continuar com problemas, experimente marcar a opção “Driver emulation” para ver se funciona. Teoricamente o desempenho é diminuído, porém é aumentada a compatibilidade
Aba About:
Simplesmente mostra a versão do Wine, o site principal e algumas informações sobre a licença do Wine. É a única aba que não permite configurações
Bom galera, espero que gostem! Espero também que todos os programas Windows que vocês anseiam rodar no Linux possam funcionar perfeitamente!
terça-feira, 12 de junho de 2007
Principais comandos do shell do Linux
Shell é um programa que permite ao usuário iteragir com o sistema operacional através de comandos digitados do teclado. No DOS o shell era o command.com, que permitia executar alguns comandos como: cd, dir, ...
O shell mais famoso de Linux é o Bash, pois o mesmo oferece vários recursos que facilitam a vida do usuário. O mais básico é o sh. Em todos estes é possível criar scripts (mini-programas) que executam sequências de comandos, como se estivessem sidos digitados pelo usuário.
Lembremos que para um usuário normal, o shell aparece com o símbolo $ . Já para o root, o símbolo é o # .
Comandos
Qualquer dúvida em um dos comandos abaixo, rode o man. Por exemplo, se estiver com dúvida no comando ls :
$ man ls
LS
O ls é o comando mais básico de um shell. Ele serve para listar o conteúdo de um diretório, mostrando os arquivos que estão no mesmo.
Exemplos:
Listar o diretório atual:
$ ls
Listar o diretório /etc:
$ ls /etc
Listar o diretório atual mostrando todos os detalhes dos arquivos:
$ ls -l
Mostrar arquivos ocultos (que começam com . (ponto final)):
$ ls -a
Combinando os dois últimos comandos acima:
$ ls -la
PWD
O pwd mostra o diretório atual:
$ pwd
CD
CD vem de C hange D irectory (mudar de diretório) e serve justamente para mudar o diretório atual.
Exemplo:
$ pwd
/home/luke
$ cd /
$ pwd
/
MKDIR
O mkdir cria diretórios:
$ mkdir tmp
RMDIR
O rmdir apaga diretórios vazios (como o tmp acima):
$ rmdir tmp
RM
O rm serve para apagar arquivos:
$ rm imagem.jpgPara apagar diretórios e seu conteúdo:
$ rm -rf tmp
DU
O comando du verifica o tamanho de diretórios e seus subdiretórios:
$ du /etc
DF
O df verifica o quanto você tem disponível nas suas partições e o quanto foi gasto:
$ dfPara visualizar melhor (em MegaBytes):
$ df -h
FREE
O free mostra quanto você tem de memória RAM e swap, gastos e livres:
$ free
FIND
O find procura por arquivos em um diretório e seus subdiretórios. Neste exemplo vou procurar arquivos JPG a partir do diretório atual:
$ find . -name *jpgAgora vou procurar arquivos MPG no diretório do CDROM:
$ find /cdrom -name *mpg
WHOAMI
O whoami retorna o usuário logado no momento (que executou este comando):
$ whoami
WHO
O who mostra os usuários logados no sistema:
$ who
HOSTNAME
O hostname retorna o nome do computador (na rede, ou não) que se está usando:
$ hostname
SU
O su muda para o root ou para outro usuário:
$ suou
Passwd:
$ su baptista
Passwd:
$
ECHO
O echo escreve um conjunto de caracteres na tela:
$ echo "OLinux é um bom site!"
OLinux é um bom site!
MOUNT
O mount monta (ativa) devices:
$ mount /floppy
UMOUNT
O umount desmonta (desativa) devices:
$ umount /floppy
CAT
O cat imprime arquivos na tela:
$ cat README
MORE
O more imprime arquivos a tela, porém para esperando um retorno do teclado a cada tela cheia:
$ more README
GREP
O grep é uma ferramenta muito poderosa, principalmente para programadores. GREP = Generalized Regular Expression Parser. Facilitando para entender, ele procura por um texto dentro de uma arquivo. Neste exemplo procuro por "autor" dentro do "README":
$ grep autor README
PS
O ps mostra todos os processos (programas) que estão rodando na memória.
Vendo os processos do usuário:
$ psVendo todos os processos do sistema (de todos os usuários):
$ ps aux
TOP
O top mostra todos os processos que estão rodando com várias outras informações do sistema:
$ top
TAR
O tar server para compactar e descompactar arquivos no formato .tar.gz (tar e gzip).
Compactando:
$ tar -cvfz arquivo.tar.gz [arquivos|diretório]Descompactando:
$ tar -xvfz arquivo.tar.gz
Para arquivos tar.bz2, utilize o seguinte comando para descompactar:
$ tar -xvfj arquivo.tar.bz2
Estrutura de pastas do Linux
Um dos pontos iniciais de maior problema que novos usuários de Linux têm de superar é onde as coisas ficam. A estrutura de diretórios do Linux parece ímpar no começo, especialmente para usuários de Windows.
Aqui está uma lista resumida dos principais diretórios e para que servem.
/ : (barra inclinada para direita) Este é o diretório raiz. A nave-mãe. O principal e único diretório de topo para todo seu computador.Tudo, e eu digo TUDO MESMO começa aqui. Quando você digita '/home' o que você está realmente dizendo é "comece em / e então vá para o diretório home".
/root : Aqui é onde fica o usuário administrador. O usuário administrador é o deus do seu sistema. O "Root" pode fazer qualquer coisa, até mesmo incluir ou remover todo o seu sistema de arquivos. Então, seja cuidadoso usando o administrador (root).
/bin : Aqui é onde seus utilitários padrão de Linux (programas de leitura) ficam - coisas tais como "ls" e "vi" e "more". Geralmente esse diretório está incluído em sua estrutura. O que isso significa é que se você digitar "ls", '/bin' é um dos lugares em que o seu shell (programa que conecta e interpreta comandos) vai procurar para ver se "ls" significa alguma coisa.
/etc : Aqui é onde os arquivos de configuração administrativa e de sistema ficam. Por exemplo, se você tem o samba instalado, e você quer mudar os arquivos de configuração do samba, você deve encontrá-los em '/etc/samba'.
/dev : Aqui é onde ficam os arquivos que controlam os periféricos. Comunicando com uma impressora? Seu computador está fazendo isto daqui. O mesmo vale para dispositivos de disco e usb e outras coisas do gênero.
/home : Aqui é onde seus dados são guardados. Arquivos de configuraçãos específicos de cada usuário, sua pasta de Área de trabalho (Desktop) (o que faz de sua área de trabalho o que ela realmente é), e qualquer dado sobre seu usuário. Cada usuário terá sua própria pasta '/home/usuário', com exceção do usuário administrador (root).
/tmp : Esta é a pasta temporária. Pense nela como um diretório de rascunho para seu sistema Linux. Arquivos que não serão mais usados pelos programas uma vez que já foram usados uma ou duas vezes são colocados aqui. Muitos sistemas Linux são configurados para automaticamente limpar a pasta '/tmp' em certos intervalos, então não coloque nada que você queira guardar aqui.
/usr : Aqui é onde você encontrará utilidades extras que não se encaixam em '/bin' ou '/etc'. Coisas como jogos, utilidades de impressora, e outras mais. '/usr' é dividida em seções como '/usr/bin' para programas, '/usr/share' para arquivos compartilhados como sons ou ícones, '/usr/lib' para bibliotecas que não podem rodar diretamente mas são essenciais para rodar outros programas. Seu gerenciador de pacotes cuida das coisas em '/usr' para você.
Há alguns outros diretórios que você poderá achar:
/opt : Aqui é onde coisas opcionais são colocadas. Experimentando a última versão beta do Firefox? Instale em '/opt' onde você pode deletá-lo sem afetar outras configurações. Programas aqui usualmente ficam dentro de uma única pasta que contem todos os seus dados, bibliotecas, etc.
/usr/local : Aqui é onde a maioria dos softwares manualmente instalados (isto é, fora do seu gerenciador de pacotes) ficam. Tem a mesma estrutura que '/usr'. É uma boa idéia deixar '/usr' para seu gerenciador de pacotes e colocar quaisquer scripts personalizados em '/usr/local', já que nada importante normalmente fica em '/usr/local'.
/media : Algumas distribuições usam este diretório para montar coisas tais como discos usb, drives de cd ou dvd e outros sistemas de arquivos.
Agora você pode se considerar um pouco mais perto de um usuário Linux experiente. Esses diretórios, enquanto no começo possam parecer um pouco confusos, vão se tornar naturais para você após um pouco de uso.
quarta-feira, 6 de junho de 2007
Cinco razões para NÃO usar Linux (irônico)
Em um artigo bem engraçado, Steven da Linux Watch nos diverte com o seu humor refinado. O texto foi contextualizado para o Brasil...Leia o artigo do diretor da Flux Softwares, Ulisses Leitão, sobre o assunto
Eu adoro Linux! Eu o utilizo em meus servidores, em meus desktops e estações de trabalho. Utilizo Linux nas minhas estações de Jogos e de Multimídia, onde ele opera o meu sistema de gravação de vídeos HDTV TiVo, juntamente com meu Home Theater com suporte Wireless pelo D-Link DSM-320, o que transforma a minha rede doméstica em uma pequena biblioteca de Vídeo de Terabytes de capacidade! É verdade, eu rodo ainda Linux embarcado em meu Acess Point LinkSys WRT54G, onde toda a tralha se conecta à internet com segurança.
Mas, Linux realmente não é para qualquer um. Sério! Deixe-me apresentar as minhas cinco principais razões para lhe convencer a NUNCA cair na besteira de pensar em migrar para Linux.
Razão número um: Linux é muito complicado
Mesmo com estas interfaces gráficas modernas, tipo KDE, Gnome e XFCE, embora em 99,9% do tempo você tenha apenas que usar o mouse, pode ser que em algum momento – apenas possível, nem mesmo provável – você seja obrigado a usar uma horrível linha de comando e escrever comandos complicadíssimos como ls para listar arquivos de um diretório ou cd para mudar de diretório, ou editar um mísero arquivo de configuração!
Veja, se você compara isto com o Windows, onde você em algum momento precisará de utilizar uma linha de comando DOS – apenas possível, nem mesmo provável – tendo que digitar dir para listar arquivos de um diretório e cd para mudar de diretório, ou que você tenha que editar um arquivo Windows Registry onde, os técnicos lhe dirão, apenas uma linha poderá comprometer o seu sistema de tal forma que você terá de reinstalá-lo do zero. Quanta diferença!
Razão número dois: Linux é muito difícil de instalar
E é verdade! Pois, no fim das contas, com estes sistemas modernos de instalação do Linux, como no Flux Linux (merchandising!), Ubuntu, Mandriva, Suse, Red Hat e Debian, você ainda é obrigado a colocar o CD ou DVD no driver, apertar um botão infame, escolher um nome para o seu computador e fornecer uma senha para o usuário do sistema. Meu Deus, quanta complicação!
Agora veja, com o Windows é tudo diferente. Você tem colocar o CD ou DVD no driver, fazer exatamente as mesmas coisas anteriores e então iniciar o processo de atualização on line do sistema, que pode durar de duas a três horas! Mas no final, vale a pena, pois estudos da Symantec comprovam que sistemas Windows desatualizados podem ser criticamente infectados em questão de horas. Veja, no Linux tudo é horrivelmente aborrecido: O sistema, sem nenhuma atualização de segurança, deverá estar seguro e atual por período superior a seis meses! Que graça tem isto?! Cadê a emoção?!
Razão número três: Linux não possui aplicações suficientes
É bem verdade que atualmente a grande maioria das distribuições Linux já vêm com diversos Navegadores de Internet dos mais seguros, como o Firefox ou com recursos desconhecidos no mundo Windows, como a tradução simultânea de página disponível no Konqueror. Claro que todas já vêm com clientes de email como o Kmail ou Evolution; com clientes de Mensageiros Instantâneos para MSN, como o Kopete ou o Gaim; com aplicativos VoIP, como Ekiga e Skype; vêm com editores de Imagem, Som, Vídeo e editores de páginas para internet, como os aplicativos Gimp, Audacity, LiVES e NVU. Seguramente você terá aplicativos multimídia para ouvir CD, em formato WAV, MP3 e OGG, assistir DVD, VCD, MPEG4, etc... Além disto, você terá opções: Xine, Kaffeine, Mplayer, VLC Player, etc. Na verdade, a maioria das distribuições Linux já possuem toda a suíte de escritório instalada e gratuita. Você poderá editar textos, planilhas e apresentações de graça com o Open Office e seus derivados! E mais, é certo que você poderá ler e escrever nos formatos de arquivos do Office do Windows: .doc, .xls e .ppt sem mistérios! Há ainda os aplicativos profissionais de banco de dados, de servidor web, de acesso remoto seguro com criptografia forte, de interação com rede Windows, etc... etc e etc...
Mas, para falar a verdade, Windows também tem o Internet Explorer e o Outlook Express, o navegador de internet e o cliente de e-mails mais utilizados por aí. Se bem que ambos tenham alguns problemas de segurança... É claro que o Windows também tem um cliente MSN (afinal, é MS...), embora, também aqui os problemas de segurança não sejam poucos...
E óbvio, o Windows também vem com o Microsoft Office, o qual... – Oh! É verdade, havia me esquecido, terei de comprá-lo a parte por um custo parecido com aquele do meu Computador. Vixe! Mas, existem opções: Lotus 1-2-3... Hummm, será realmente uma opção?! O que falar do finado Wordperfect?! Talvez hoje a melhor solução para o ambiente Windows seja mesmo instalar um Open Office para Windows, aquele mesmo que você pode utilizar de graça também no Linux, com as mesmas funcionalidades!
Bom, para resumir: Qual era mesmo aquele aplicativo que não TINHA no Linux? Não estou me lembrando...
Razão número quatro: Linux não é seguro
Bem se a Microsoft diz isto, é porque deve ser verdade... ou não! O que devo pensar? Esta empresa é realmente especialista em IN-segurança, pois não passa um dia sem que tenhamos notícia de mais uma falha crítica de segurança no Windows. A quem você deve dar crédito: à Microsoft ou a sua própria experiência?!
Razão número cinco: Linux é muito caro
Você está querendo dizer que a Microsoft é uma mentirosa? Veja bem, estas empresas Linux horrorosas, como a Flux Softwares (merchan again...), Red Hat, SuSE lhe cobram até mesmo uma taxa para você ter o suporte ao Linux. De toda forma, em geral, você poderá baixar os Softwares de graça pela internet, plenamente funcionais e sem restrições de desempenho.
Mas veja, você compra o seu computador e o Windows já vem instalado, certo? De graça, certo? Hummm, de graça?! Bom, se o seu computador tem o selinho da Microsoft o preço estará embutido e será três vezes mais caro, por dez vezes menos software do que o que vem em qualquer distribuição Linux. Mas talvez o mais certo é que ele não possua o selinho, seja um legítimo pirateado, com ou sem o seu conhecimento!
Mas, de toda forma, ele já vem com tudo. Completinho, completinho! A menos que você queira editar um texto e fazer uma planilha. Neste caso pague mais R$ 1.400,00 pelo MS Office. Ou que você queira se dar ao luxo de uma proteção contra Vírus, mais R$ 120,00 pelo Norton, ou contra aqueles terríveis Spywares que querem levar a senha de sua conta bancária, mais R$ 70,00 pelo McAFee. Se quiser um Firewall de brinde, para evitar invasões ao seu computador doméstico ou àquele da contabilidade de sua empresa, mais R$ 90,00 pelo Zone Alarm Pro. Mas senão, o seu sistema é seguro mesmo... não precisa de nada disto. Existe sempre a alternativa de reinstalar tudo, perdendo, é claro, todos os seus arquivos... É tudo apenas terrorismo!
Pensando em tudo isto, eu lhe pergunto que razões haveria para você usar Linux? Bobagem!!!
Ulisses Leitão
* Diretor da Flux Softwares, coordenador do projeto Flux Linux para desktop e servidores. Pesquisador e professor com doutorado na Alemanha, está engajado na adoção de Software Livre no setor público e empresarial, desde 1998. / ulisses@fluxsoftwares.com Livre tradução e adaptação do artigo “Five reasons NOT to use Linux”, de Steven J. Vaughan-Nichols, no Linux Watch: http://www.linux-watch.com/news/NS8124627492.html
sexta-feira, 1 de junho de 2007
Iniciando
PS: Não deixem de visitar meu outro blog, com notícias e links sobre tecnologia, sites e outras coisas interessantes. O endereço é http://samuelbh.wordpress.com